Great Western of Brazil Railway Company

Em 1872, alguns capitalistas ingleses reunidos em Londres criaram uma companhia para construir estradas de ferro no Brasil, a Great Western of Brazil Railway Company Limited, que logo ficou conhecida no país como "Greitueste".

Como a sua similar inglesa, The Great Western Railway Company, criada em 1835, para fazer a ligação entre Londres e a sua parte oeste (Liverpool, Bristol), a nova empresa se destinava a abrir ferrovias em direção ao oeste, numa marcha para o agreste do Nordeste brasileiro.

Em 1873, a Great Western foi autorizada a funcionar no Império do Brasil e, em 1875, conseguiu do Barão da Soledade, a transferência da concessão para construir em Pernambuco uma ferrovia que, passando por Caxangá, São Lourenço da Mata, Pau d`Alho e Tracunhaém (com ramais para Nazaré da Mata e Vitória de Santo Antão), ligaria o Recife a Limoeiro.

A inauguração das obras, em 1879, foi bastante festiva e realizou-se em Santo Amaro, no Recife, com a presença do presidente da província de Pernambuco.

O primeiro trecho Recife-Pau d`Alho só ficou pronto em 1881 e, em 1882, foi aberto ao tráfego a linha Pau d`Alho-Limoeiro, assim como o ramal para Nazaré da Mata.

Entre 1882 e 1883, a estrada de ferro de Limoeiro transportou 2.061 passageiros de 1ª classe e 33.377 de segunda. Em 1884 e 1885, com a introdução dos vagões de 3ª classe, foram transportados mais de 60.000 pessoas, sendo de apenas 4%, aproximadamente, os viajantes de 1ª classe.

 

 

Além de passageiros, a Great Western transportava também os

 principais produtos da região, como açúcar, álcool, madeira, algodão, feijão.

Depois da estrada Recife-Limoeiro, a empresa construiu a Estrada de Ferro Central de Pernambuco (1885-1896) ligando o Recife a Caruaru.

A ferrovia iniciava no Recife, passando por Vitória de Santo Antão, Gravatá, Bezerros, terminando em Caruaru.

Nessa época Vitória possuía mais de 70 engenhos, Bezerros mais de 20 fábricas de rapadura e Caruaru exportava para o Recife uma grande quantidade de solas, couros, algodão, queijo, feijão, além de realizar uma das maiores feiras de gado da região.

Na época da II Guerra Mundial, a Great Western teve que recorrer à lenha em substituição ao carvão de pedra, o que concorreu para aumentar a devastação das reservas florestais da região. Para remediar um pouco a situação, a empresa criou vários hortos florestais, onde eram cultivadas milhares de mudas de plantas nativas e também aclimatadas no país. Depois passou a utilizar o óleo combustível, poupando o restante dos recursos naturais existentes.

Em 1945, a Great Western possuía quatro linhas principais: Recife- Nova Cruz, Recife- Albuquerque Né , Recife - Jaraguá e Paulo Afonso.

A empresa chegou a possuir uma rede ferroviária de mais de 1.600 quilômetros distribuídos entre os Estados da Paraíba, Pernambuco e Alagoas.

A história da Great Western está tão ligada a da produção no Nordeste brasileiro que ninguém pode escrever sobre a história econômica da região sem consultar seus relatórios e arquivos.

Fontes consultadas:
PINTO, Estevão. História de uma estrada-de-ferro do Nordeste. Rio de Janeiro: José Olympio, 1949. 310p. (Documentos brasileiros, 61)
SOUZA, Alcindo de. Antologia ferroviária do Nordeste. Recife: Bagaço, 1988. 100 p.

 Ficou curioso? Leia mais sobre o início e as promessas de hoje . . . 

http://www.vfco.com.br/ferrovias.htm  

 

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